segunda-feira, 19 de maio de 2008

“O Fator Melquisedeque”

Muitas são as culturas espalhadas pelo mundo, que caracterizam seus lugares, através dos povos já existentes no que se referem às suas práticas políticas, éticas, religiosas, etc.
Em nível de fé, a compreensão de algumas culturas, em face do desafio de ir até elas para a realização do mandamento divino em pregar o evangelho da salvação, torna-se um problema sério, uma vez que, exatamente, esses “esquisitos costumes” não combinam com a mensagem da salvação. No livro em questão – O Fator Melquisedeque – o autor mostra que essas práticas, digamos, estranhas, na verdade são permissões de Deus que através de Sua soberania, prepara o mundo para receber o evangelho do Senhor Jesus.
Na realidade, concordo com ele quando enxerga que os diferentes costumes não são barricadas para o evangelho, mas ponte, exatamente por pontos em comum desses “costumes estranhos” com a verdadeira mensagem da salvação. Há o desafio do autor para os pregadores preocupados nessas culturas, enxergarem essas divergências não como satânicas, apenas, mas como também portas de acesso à pregação.
O autor mostra de forma geral que o mundo, exatamente assim, diversificado, fora preparado por Deus para o evangelho, mostrando que apesar das distorções praticadas pelos povos com relação à religião, sempre aparecerá entre essas culturas pessoas ou grupos tementes a Deus vivendo entre eles de forma piedosa. Ainda acrescenta uma referência que talvez explique seu pensamento, citando Jo. 10:16, que diz: “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las”.
Na segunda parte do livro o autor mostra com referências bíblicas que o evangelho fora não apenas preparado para os Judeus de forma exclusiva, mas também para todo o restante do mundo. Referências tiradas da Palavra são apropriadas quando ele usa alguns exemplos: · O Centurião Romano (Mt. 8:5-13), gentio que suplicou o favor de Jesus para o seu subordinado e recebeu a admiração do Senhor como também a cura daquele;
A mulher Cananéia (Mt. 15:21-28) que pediu ajuda a Jesus a favor de sua filha possessa de demônio e foi atendida; Como muitos outros grandes exemplos de Jesus se relacionando e solucionando os problemas de gentios e não apenas de Judeus. E por quê? Justamente porque o plano de Deus é geral para cada nação, tribo, língua e povo, como bem explica o autor.
Por Dom Richardson

Um comentário:

Glauber Ataide disse...

A incipiente igreja cristã, através dos primeiros padres, logo percebeu que a Filosofia grega teve a mesma função que a lei para os judeus: preparar o advento messiânico. E caso se concorde que isso realmente aconteceu, não é de se admirar que encontremos elementos culturais também em diversos outros povos que sirvam como prolegômenos ou propedêutica à mensagem cristã, como muito bem demonstra Dom Richardson nessa obra.