quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ex Nihilo Nihil Fit


Eu sempre me debato com essas questões base, e, sinceramente, penso daqui, formulo dali, vejo uma teoria, outra e mais outra, e, quase sempre chego ao mesmo lugar:

A premissa de que "nada surge do nada" é contrária à lógica.

Por quê?

Porque, cientificamente é simplesmente impossível que todas as coisas tenham tido um início. Se tudo o que existe um dia teve um início, então teria havido um tempo em que nada existia, e pela lógica essa situação persistiria e continuaria sempre a não existir nada, e, não haveria nem mesmo o "sempre" durante o qual nada existiria.

O nada não pode produzir coisa alguma.
O nada não pode criar.
A ideia de autocriação é mais absurda ainda, porque para que alguma coisa criasse ou produzisse a si própria, teria de ser antes de existir (fere a lógica).

Sabemos, ainda pela lógica, e pela razão da maioria esmagadora de cientistas, que se as coisas existem hoje, então deve ter havido algo que não teve início.

A pergunta central é: o quê ou quem seria?

Alguns estudiosos como Carl Sagan se valem da ideia de que no universo algo (o cosmo, como ele chama) que não foi criado (não teve início) deu origem a todas as coisas.

Entretanto, eu chamo a atenção para a clássica lei da não-contradição, que diz que algo não pode existir e não existir no mesmo espaço e no mesmo tempo.

Logo, a ideia de que algo pertencente a mesma ordem e gênero, ou seja, neste universo, é o "fenômeno criador" das coisas, fere a lógica da não-contradição.

Mas, se pensarmos em algo transcendente, isto quer dizer, algo diverso, algo de outra ordem, outro gênero e acima e além (espaço-tempo), a coisa começa a fazer sentido.














Nenhum comentário: