segunda-feira, 17 de março de 2014

Daemon


O inferno são os outros
Estranhos invasores do meu espelho
Refletindo uma imagem distinta e igual a minha
Como indivíduos fragmentados

Quando a gente abre os olhos, o sonho se fecha
Náufrago de um mar de desilusões
Diferentes percepções sobre uma mesma ideia
Mais cedo ou mais tarde tudo se transforma no seu contrário

Afinal, ninguém é uma ilha
Todos são parte do mesmo continente
Desorganização organizada
Fazendo sentido na escuridão do mero ser

Emancipação do ego
Descansando à sombra do falso eu
Uma luz no fim do túnel para o eu perdido
Nas profundezas do eu negado

As escolhas nos empurram por toda parte o tempo todo
O arbítrio e a razão são servos da vontade
Mas não há nada que me prenda a você,
A não ser você, no eu mesmo.

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